Não quero o branco da folha de papel,
O branco triste das guerras sem quartel,
Mas o branco dessas noites solitárias,
O branco sonâmbulo das noites várias.
Não quero o branco da torre de Babel,
E nem o branco humilde de um fogaréu,
Mas o branco desse mundaréu de párias,
O branco sólido da paz embrionária.
Branco sem traços, sem delimitações,
Branco puro solidamente real.
Não o branco desse transcorrer de dias,
Mas o branco bruto e seco e duro,
O branco frio, gelidamente branco,
O branco que nasce e que morre só branco.