sábado, 4 de junho de 2011

Adeus

Confesso que estou aturdida
Perdida em devaneios sem fim,
Olhando a esmo,
Refletindo sobre sei lá o quê.

Prometo que nada dura para sempre
Que a morte é o escape
Que a vida só não basta
E que nós poderíamos ser melhores do que fomos.

Quero esquecer, de tudo.
Do que já vivi, do que não tive
E do que nunca terei...
Quero esquecer você.

Você sentiria a minha falta?
Você se mataria com a minha ausência?
Você escaparia do seu destino incerto?
Você se libertaria de sua alma?

Sou um vegetal,
Um ser sem luz
Sou um animal,
Um bicho aglutinador

Por que não me queres mais?
Por que não te tenho aqui agora?
Por que tudou virou de cabeça para baixo?
Por que o mundo estagnou?

Despeço-me de regalias e funções
Despeço-me de sonhos e ilusões
Despeço-me de qualquer restígio
Despeço-me de nós!