sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Nunca fui do tipo que da abraços, ou que conforta alguém que esta debulhando em lágrimas, muito menos aquela que diz "eu te amo" ou pula de felicidade ao ver o homem amado. Eu sou mais para aquela que ama calada e sofre mais calada ainda. Aquela que aparentemente está sempre sã, não séria, seriedade requer responsabilidade, requer uma vida madura e alguém que já viveu muito, eu só tenho 24 anos, em plena juventude de alguém que parece mais que tem 40. Acho que por causa da nova geração, meus 24 anos não são mais como os 24 anos dos meus pais, e muito menos dos meus avós, mas sim, estou velha mesmo estando jovem. Já não me empolgo mais com festas badalas e carinhas com corpos sarados, muito menos me empolgo com festivais que duram o dia inteiro, para mim o Rock in Rio é um martírio, eu vou porque é uma das únicas oportunidades de ver shows que se não tivesse esse tipo de festival eu talvez nunca veria, mas a cada segundo eu torço para que acabe logo, não o show, mas o todo. Show ideal é sentada em uma mesa bebendo um chopp a poucos metros de um palco, sem multidão, sem pessoas gritando, sem ficar horas em pé. Boate então nem pensar! Só em casos extremos, como aniversário de algum amigo próximo. Sou a favor de ficar em algum bar rodeada dos meus verdadeiros amigos falando sobre tudo e qualquer coisa. Sou a favor de ir para lugares de fácil acesso com hora para voltar. Está certo que eu amo viajar e ai já é meio contraditório, mas como toda velhice, prefiro meios de transporte rápidos e eficientes, sem barulhos alheios que não sejam os escolhidos por mim, e viajar com as companhias certas para lugares calmos, como uma praia deserta, por exemplo. Pior ainda é falar no telefone ou pelo chat do facebook, não tem nada mais chato, hoje eu estou mais para conversas pessoais, no whatsapp apenas conversas longas com aquelas pessoas que infelizmente não se tem outra opção. Sou a favor de risadas frouxas, de bebedeira entre amigos, de ficar o dia todo com alguém, de relacionamentos não questionáveis, não importa se duram 1 dia ou 1 semana. Sou a favor de vida ao vivo, de amor. Se daqui a uma mês ainda serei a favor disso, eu não sei, talvez não seja a favor nem de mim mesma. Mas a graça é exatamente essa. Viver hoje, e o futuro que fique no futuro!