sexta-feira, 17 de julho de 2009

Deletérios

Por que me foges, amor quando preciso?
Por que te ausentas de mim, ó meu desejo?
Por que me negas, à boca o ardente beijo?
Por que me escondes da face o doce riso?

Por que me mostras de modo tão conciso,
a ausência que em minha fronte vejo?
Por que me ocultas, amor o teu cortejo,
quando sabes que de ti muito preciso?

Por que me negas o abraço dos teus braços?
Por que deixas paralelo esses dois traços?
Por que te ausentas de mim, ó meu desejo?

Por que me deixas confuso e indeciso?
Por que me foges, amor quando preciso?
Por que me escondes da boca o ardente beijo?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Paradoxal

Ontem sonhei com lábios fascinantes,
com tuas mãos e olhos pecadores,
com teus seios virginais e tentadores
cobertos por lascívias dardejantes.

o teu corpo com espasmos flamejantes
de êxtase lúbrico, venenos e terrores
que escurecem os arrebóis, os esplendores.
caía sobre os meus apertos relevantes.

quando acordei! eu vi tudo caótico.
Na minha mente: vestígios de narcótico
relatavam meus brumosos pesadêlos...

O meu tálamo seguia vago e frio
e não encontrei no amanhacer sombrio
nem um fio, sequer, dos teus cabelos.