Por que me foges, amor quando preciso?
Por que te ausentas de mim, ó meu desejo?
Por que me negas, à boca o ardente beijo?
Por que me escondes da face o doce riso?
Por que me mostras de modo tão conciso,
a ausência que em minha fronte vejo?
Por que me ocultas, amor o teu cortejo,
quando sabes que de ti muito preciso?
Por que me negas o abraço dos teus braços?
Por que deixas paralelo esses dois traços?
Por que te ausentas de mim, ó meu desejo?
Por que me deixas confuso e indeciso?
Por que me foges, amor quando preciso?
Por que me escondes da boca o ardente beijo?
"Quando a borboleta coroou a flor amarela, os lírios, em ângulo reto com seus caules, fizeram uma profunda saudação..." - Guimarães Rosa
sexta-feira, 17 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Paradoxal
Ontem sonhei com lábios fascinantes,
com tuas mãos e olhos pecadores,
com teus seios virginais e tentadores
cobertos por lascívias dardejantes.
o teu corpo com espasmos flamejantes
de êxtase lúbrico, venenos e terrores
que escurecem os arrebóis, os esplendores.
caía sobre os meus apertos relevantes.
quando acordei! eu vi tudo caótico.
Na minha mente: vestígios de narcótico
relatavam meus brumosos pesadêlos...
O meu tálamo seguia vago e frio
e não encontrei no amanhacer sombrio
nem um fio, sequer, dos teus cabelos.
com tuas mãos e olhos pecadores,
com teus seios virginais e tentadores
cobertos por lascívias dardejantes.
o teu corpo com espasmos flamejantes
de êxtase lúbrico, venenos e terrores
que escurecem os arrebóis, os esplendores.
caía sobre os meus apertos relevantes.
quando acordei! eu vi tudo caótico.
Na minha mente: vestígios de narcótico
relatavam meus brumosos pesadêlos...
O meu tálamo seguia vago e frio
e não encontrei no amanhacer sombrio
nem um fio, sequer, dos teus cabelos.
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