quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Me desculpe

Me desculpe,

Estou perdida.
Em um daqueles momentos em que não sabemos nem nosso nome, onde não sabemos aonde enfiar a cabeça quando acordamos,
com quem ou sobre o que conversar, onde saímos pela rua pelo simples fato de querer movimento, mas sem rumo certo.
São 6 anos de rumo perdido, poderia jurar que eram 8, 10. Meu rumo se perdeu quando eu me perdi, e não sei dizer quando isso começou. Talvez na adolescência. Talvez depois de amadurecer, mas acho que de fato, nunca amadureci, não por completo. Nem por metade, na verdade. O mundo a minha volta parece direito, com todas as peças encaixadas, e cada um sabendo exatamente o que fazer da vida. Claro, tem sempre aqueles que nunca se acharão, mas vai saber...
E em todas essas peças encaixadas não sobram espaços para mim. Seja onde for, ou com quem for, nada é suficiente. Nada me preenche, nem mesmo por segundos, ou talvez apenas por segundos. Sempre achei que essas rotinas diárias eram maçantes demais, que essa vida de trabalho árduo era injusta demais, e que a vida era muito mais que ganhar dinheiro e não usufruir dele como bem quiser. A vida são momentos, e esses momentos, devem ser vividos, sem regras, sem cintos de castidade, sem limites. Mas é difícil seguir por um caminho desses, não envolve apenas um individuo, querendo ou não, envolve muitos.
Dizer que estou cansada seria eufemismo, acho que sempre me senti cansada. Cansada de acordar e ter que dar bom-dia, cansada de viver no mesmo lugar com as mesmas pessoas, cansada de ter obrigações, cansada de conhecer pessoas, cansada de respirar, apenas cansada.