O sexo imprime no corpo
a velocidade de outro corpo;
camaleão partido em silêncio
leão de bronze, flagelo
roendo a praia de carne;
unha e garra quando onda
doem na areia, pele adentro
rosto sem pausa no vento.
Abismo de louça escavado
fracionado pelo espasmo
o leite rosna abafado.
Sono ou sonho desepado?
Vácuo, escalo, resvalo
longe de mim, fraturado.
Armando de Freitas