domingo, 30 de janeiro de 2011

O sexo imprime no corpo
a velocidade de outro corpo;
camaleão partido em silêncio
leão de bronze, flagelo

roendo a praia de carne;
unha e garra quando onda
doem na areia, pele adentro
rosto sem pausa no vento.

Abismo de louça escavado
fracionado pelo espasmo
o leite rosna abafado.

Sono ou sonho desepado?
Vácuo, escalo, resvalo
longe de mim, fraturado.


Armando de Freitas