sexta-feira, 5 de junho de 2009

Poema do Sorriso que perdi.

Reluzia tanto,
Que não te via.
No entanto, não me importava.
Era uma luz distinta, louca, brava.
Era tudo que eu queria.
Lembro que sempre pedia
Nas passagens escuras dos meus dias,
Uma prova da existência do divino.
E ele veio...
E incorporou-se em você!
E cada vez mais pude crer na luz do teu sorriso.
Porque era ele quem me guiaria
Porque o amei,
O senti,
Ele quem encontrei quando estive perdida,
Desiludida, sem caminho pra seguir.

Agora retorna o imenso breu.
Perdeu-se o encanto repentino
E tão breve partiu que nem deixou rastros.
Foi-se com teus passos
Teu sorriso de menino.
Nada vejo, nada espero,
Ainda amo o que perdi.
Então, pergunto-me:
“Se o divino é breve, porque o amor ficou aqui?”
Deve ser engano acreditar no que se sente.
A verdade é que esse teu jeito sorridente,
Foi só um lapso,
Só uma visão de quem nasceu
Pra viver na solidão.
Não houve laço com teus passos.

Olho sem traço,
Dente sem luz!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sou meu próprio enigma!

Me descobri pássaro e com minhas asas percorro o mundo, mas como todo mundo procuro o ninho, descanso, deposito meus ovos - ensinamentos - e logo, tenho que alçar-me para as infinitudes da natureza humana, desmembrando corpos, desnudando verdades, sentido asco e prazer. Assim como a Vida, que num sentido amorfo se reveste de cores, cheiros, sentidos, conceitos, formas. Não sou difícil de decifrar, mas a cegueira é mãe da Humanidade. Bastar olhar as pistas que deixo aqui, por exemplo, seja nas frases, nas comunidades, seja no seleto grupo de amigos, seja na expressão do meu olhar, na minha parte que doei ao mundo em forma genética, seja no simples fato de eu simplesmente assumir SER. Concordo que minha indiferença deva realmente incomodar, já que a grande maioria das pessoas prefere estar rodeada de sentidos que talvez não lhe façam sentidos. Mas, a grande mágica é que cada um é cada um, mas a grande diferença é que são poucos que assumem realmente seus atos, suas posições,suas idéias, seu jeito de ser. Todos os dias são aprendizados em minha vida, uns bons, outros ruins, mas faz parte desta máquina nem tanto enigmática chamada VIDA, basta querer olhar o que vai por trás. Como a natureza que retira do seu habitat o que não presta e recicla quando lhe é útil, aprendi com as árvores, minhas irmãs ancestrais, assim como os bichos, meus elos do passado, aprendi com o vento, meu pai furioso, que me leva daqui para acolá, atualmente aprendo com minha mãe terra a perceber, que mesmo patéticos, alguns de seus filhos, merecem melhor atenção, então, estou neste processo, que confesso, me provoca ira, mas o caos é necessário, como a estrela que para brilhar precisa explodir. Rs.

Se você merecer posso ser doce como o mel, se me tratar com cinismo ou mentiras, simplesmente te devolvo para o limbo, se for negligente, posso até procurar um pouco mais de paciência, mas se permanecer, receberás isolamento. Portanto, sou como bicho, que mesmo social, tem muito aguçado seus instintos primitivos, àqueles que precisamos para nos diferenciar dos demais. Sejam bem-vindos ao meu mundo, mas cautela, são poucos os que conseguem conhecer e permanecer, precisa ter coragem, ser especial e ser realmente merecedor deste mundo mágico que sou eu.



- Mônica Bragança