segunda-feira, 9 de abril de 2012

Enquanto durar

Fazia tempos, quiçá anos.
O tempo passa e a gente nem percebe, é névoa branca em tempestade.
Quando ocorre, dá calafrios, náuseas, dores de cabeça, insônia.
Quando acaba os sintomas são desespero, agonia, aflição.
Há quem diga que o melhor é o que vem depois... meses de estação.
Há quem se conforte com apenas sete dias no ano.
Há também aqueles, poucos, que entregam-se ao verão.
Mórbidos detalhes, pequenas palavras, que se transformam e se vão...
Vinte quatro horas de puro êxtase.

Críticas são ignoradas, amigos esquecidos, defeitos de segunda mão.
Sorrisos sempre dispostos, elogios a cada minuto, qualidades reversas.
Noites que viram dias, dias que madrugam, solidão...
Caso com prazo de validade.
Extrema obsessão.

Fim...
Xingamentos, brigas, enjôos, tudo se destoa.
Baterias arriadas, cartas queimadas, sorrisos amarelos...
Dias nublados, quilos a mais, amores de menos.
Caso complicado... exacerbado.

Falácia.
Queixo-me de seus costumes.
De suas manias
Rebelião
Outrora alegria compartilhada.
Toda duração é necessária...


Recomponho-me então.
Desisto para sempre…



... Até tentar de novo.