quarta-feira, 7 de setembro de 2011

?

Inevitável, eu sei. Algo maior e mais forte do que eu pudesse supor. Que qualquer um de nós pudesse supor. Não digo que seja atração fatal, sinceramente, isso é muito relativo, mas não digo que não há com o quê se preocupar, pois há. Sempre houve, eu creio. No começo era apenas interesse passageiro, como criança quando olha pela fechadura o que não devia. Depois se tornou troca de olhares, palavras sabiamente pensadas, pensamentos espontâneos, fortes, perturbadores. Outros começaram a perceber, deram toque, opiniões. E tudo se acaba em culpa, em arrependimento, em querer e não poder. Tudo se torna desculpas cotidianas, não mais olhares e não mais palavras, porém os pensamentos, esses sim, não acabam, não há como...


O que resta é esperar então.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Eles.

Ele passa como quem não quer nada,
Olha,
Fixa,
Te enobrece.

Ela olha como quem devora,
Encara,
Domina,
Te enlouquece.

Ele é pacato, parado, sensato.
Timidez,
Boca fina,
Surdina.

Ela é voraz, sagaz, calígula.
Ousada,
Boca grossa,
Maldosa.

Juntos, são como a perfeição,
Cerébro e sentimento,
Tempestade e calmaria.
Separados são inexistentes em suas bolhas de sabão.