Teu frígido desdén me enlouquece,
meus suspiros ao luar ficam sem brilho,
tua frieza me serve de empecilho,
pois me insulta, me atormenta e me aborrece.
Teu egoísmo me repele e me entristece,
o teu olhar obliquamente assim me insulta,
nem tampouco tua compaixão me indulta
e teu sarcasmo pouco a pouco me envelhece.
Mas nestes ermos caminhos que pervago,
ao invés de um desgosto dou-te afago,
ademais eu teu semblante dou-te afeto...
Se no homem frio o ódio é previsível,
o coração de um poeta é tão sensível
que de tolo te compôs este soneto.
"Quando a borboleta coroou a flor amarela, os lírios, em ângulo reto com seus caules, fizeram uma profunda saudação..." - Guimarães Rosa
quarta-feira, 25 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
Recanto do Guerreiro
Encanto, magia, calor, sedução
Na pele macia, sabor da paixão
Olhar que arrepia, suor, emoção
Brota e escorre na palma da mão
Liberte minh'alma do encanto e desejo
A dor de um abraço, o sabor de um beijo
Fazes de mim aquilo que quer
Na simples poção envenena a fé
Olhar que domina, escravo vou ser
Controla e revira o que quero fazer
Na mão, minha sina, vontade, prazer
O corpo cansado não quer mais viver
Fagulhas percorrem meu corpo em dor
Maltrata meu peito, esmaga o rancor
Pitada de afeto, toque de sedução
Balança, remexe, sou sua poção
Me joga no chão, me mostra o poder
De prender a emoção, de estancar o prazer
De fazer solidão, na mente que crê
Que muito da vida precisa aprender
Revela os segredos do espaço e do tempo
Coloca as correntes, me deixa ao relento
Acolhe no peito, quando quer me usar
Cozinha a libido, aguça os sentidos, no amor ao luar
Na chama que arde e revela o seu ser
Na dor que te invade, imenso prazer
No sangue que brota na pele me diz
A mente engana um mero aprendiz
Na pele macia, sabor da paixão
Olhar que arrepia, suor, emoção
Brota e escorre na palma da mão
Liberte minh'alma do encanto e desejo
A dor de um abraço, o sabor de um beijo
Fazes de mim aquilo que quer
Na simples poção envenena a fé
Olhar que domina, escravo vou ser
Controla e revira o que quero fazer
Na mão, minha sina, vontade, prazer
O corpo cansado não quer mais viver
Fagulhas percorrem meu corpo em dor
Maltrata meu peito, esmaga o rancor
Pitada de afeto, toque de sedução
Balança, remexe, sou sua poção
Me joga no chão, me mostra o poder
De prender a emoção, de estancar o prazer
De fazer solidão, na mente que crê
Que muito da vida precisa aprender
Revela os segredos do espaço e do tempo
Coloca as correntes, me deixa ao relento
Acolhe no peito, quando quer me usar
Cozinha a libido, aguça os sentidos, no amor ao luar
Na chama que arde e revela o seu ser
Na dor que te invade, imenso prazer
No sangue que brota na pele me diz
A mente engana um mero aprendiz
domingo, 22 de março de 2009
Abismo de mim
É como se eu estivesse à beira do abismo
profundo, prostrado ante a imensos sulcos calcários.
E diante de mim, montanhas a nimbos se fundissem,
E se colorissem de um acinzentado lúgubre,
E aves, vívidas, no céu de chumbo pairassem,
E suas formas distantes, arqueadas,
À escuridão dos montes lentamente diluíssem.
E mesmo eu, que os sentidos a tanto perdera,
Me esbaldasse desta majestosa arquitetura.
E a noite, límpida, clarividente, serena,
Que num suspiro só se erguia,
Triunfasse soberana sobre o dia.
É como se rompessem meu peito,
E meu coração, desfeito, no abismo se findasse,
E portasse consigo meu pranto.
E do peito aberto ora surgisse
De um clarão maior que o tolerável
Um sentimento puro, inquebrantável.
E de meus olhos vítreos e translúcidos
Lágrimas amealhadas vertessem
E meu peito, e o abismo inundassem
profundo, prostrado ante a imensos sulcos calcários.
E diante de mim, montanhas a nimbos se fundissem,
E se colorissem de um acinzentado lúgubre,
E aves, vívidas, no céu de chumbo pairassem,
E suas formas distantes, arqueadas,
À escuridão dos montes lentamente diluíssem.
E mesmo eu, que os sentidos a tanto perdera,
Me esbaldasse desta majestosa arquitetura.
E a noite, límpida, clarividente, serena,
Que num suspiro só se erguia,
Triunfasse soberana sobre o dia.
É como se rompessem meu peito,
E meu coração, desfeito, no abismo se findasse,
E portasse consigo meu pranto.
E do peito aberto ora surgisse
De um clarão maior que o tolerável
Um sentimento puro, inquebrantável.
E de meus olhos vítreos e translúcidos
Lágrimas amealhadas vertessem
E meu peito, e o abismo inundassem
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