sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Variações

Em vossa homenagem
Roubo-lhe o olhar e prendo-o em mim
Queixo-me de teus ciúmes
Negrumes, palavras sem fim.

Sinto sua pele, seu suor, seu íntimo
Sinto sua alma, suas mentiras, sua vida
Sinto nossas verdades, como derramadas
Em baldes de tinta.

No outro dia esqueço. Me desligo!
Da embriaguez ao sorriso efêmero
Do cândido vibrar de nossos corações
Outrora felicidade fatigada de nossas coroações.

Pertenço a sua mente como um percevejo,
Que não larga, não abandona.
Sou música, diretriz, calmaria.
Sou sua pintura, sua arruda, seu penar.

No fim das contas, somos um só.
Tão sérios, tão contraditórios.
Somos do mais puro samba
Do mais puro amor.