quinta-feira, 18 de abril de 2013

Futuro

E você lá sempre me olhando, parado, se esquivando
E você lá me vigiando, a cada passo meu
Mesmo quando você não está, você está lá
A sua alma, os seus olhos, sua visão, tudo.
E você não diz, não pisca, só passa e passa e passa
Você me atordoa, me destoa, me vira do avesso e depois sai...
Ou não sai.
Você para, repara, me empalha
Você diz: me perdoa
E eu me pergunto o porquê.
A resposta não está em suas palavras, nem nos seus atos, de fato em fato
A resposta é o seu anseio, a sua medida, sua cautela
Te perdoar? Pelo quê? Esse é você, cabe a mim aceitar.
Se eu te amo? talvez não, talvez sim
Quem sabe?
Você me ama? provavelmente não
"O amor dói"
E cada esquina, cada festa, cada música, só nos faz lembrar
E cada foto, cada silêncio, cada minuto só nos faz pensar
E cada dia, cada vez, cada estar, só nos faz suspirar.
É, nos queremos, nos metemos, nos erguemos
Enfim.... você e eu, juntos assim
Quem diria. Eu não
Você e eu, medindo cada compasso dessa dança
Assim seria, vale a pena dizer.
Enfim... somos assim
Só não prometa, só não desminta, só não volte atrás
Depois da palavra lançada o que resta não vale nada
Melhor deixar pra lá, será?
Depois de tudo, 1 ou ano ou mais, o que saber?
Uma nova mudança, uma nova dança, uma nova cidade. E agora?
Sei lá.