terça-feira, 14 de setembro de 2010

Olhos que vêem se fundem em cores
Beijos que beijam salivas cheias de bocas.
Passarela das línguas que criam outras palavras,
Mãos que se tocam e tocam no sexo, bolinam e
fazem gozar a alma.
O suor é sorvido em copo de vinho.
Olhos que beijam!

- Mônica Bragança.

domingo, 12 de setembro de 2010

Cada escolha uma renúncia se propaga.

Estava lendo um texto de um antigo amigo meu no blog dele, que por sinal eu não visitava fazia tempos. Antigo, leia-se, amigo distante, e não de muitos anos. E o texto falava sobre as pessoas que são exceções no mundo, como eu e você, provavelmente, e sobre as escolhas dela, de que tudo é coeso e determinante, será? Ás vezes tomamos decisões importantes porque TEMOS que tomar, porque ninguém pode fazer isso por você, e essas escolhas na maioria das vezes são escolhas que fazem uma diferença tão grande a ponto de mudar não só a sua vida como a de outras coligadas. E ai? Será que nessa hora temos que ser egoístas a tal ponto de ignorar tudo e todos e agir conforme nossas crenças e critérios? Ou será que temos que ponderar e tentar ver que o lado do outro não é tão verde assim? Acho que pra toda ação há uma reação, e que devemos sim pensar nas consequências dela pra outras pessoas mais do que pra nós mesmos. Porque se eu estragar a minha vida é um problema meu, mas e se eu estragar a sua? A coisa é muito mais complexa. Torço sim, pra que todas as minhas escolhas tragam fruto bom para mim e para as pessoas envolvidas, e que eu aprenda com meus erros à não cometê-los novamente, e se cometê-los que pague por essa imprudência. No fim a gente presta conta com nós mesmos.
Acho sim que tudo que se faz hoje volta contra você amanhã, mas paremos de falar de azarações e má consequências, falemos apenas sobre o porque de sermos tais exceções.
Talvez porque agimos de tal modo que quando algo de ruim acontece damos a desculpa de que foi o acaso e nunca irresponsabilidade da nossa parte, não conseguimos ou não queremos tomar a frente dos nossos problemas achando que tudo vai se resolver milagrosamente(e às vezes realmente se resolve). Fugimos da escolha e esperamos confiante que tudo se resolva sozinho, torcendo pro inevitável e acreditando que tudo acontece porque tem de acontecer. Esquecemos que somos nós responsáveis por todos os males individuais e coletivos. Esquecemos porque é confortável esquecer, e lembramos apenas das coisas boas. É, acho que estamos longe de sermos uma sociedade civilizada, beiramos ao ridículo e não nos importamos muito com isso.