"Quando a borboleta coroou a flor amarela, os lírios, em ângulo reto com seus caules, fizeram uma profunda saudação..." - Guimarães Rosa
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Nada ;)
Não venho do nada. Sou o Nada. O Nada que se faz em Tudo e, portanto, capaz de se desfazer e se refazer. Sou o vento, sou a água e o ar. Sou fêmea, sou macho, sou Terra, sou Vida. Sou gigante, sou anã, sou fechadura e sou imensidão. Sei que sou difícil e simples, sou cor e amplidão. Sou o riso, a lágrima, sou a dança virgem, a dança cigana, sou cobra, sou tigre, sou lebre e sou mar. Sou sua e não sou de ninguém, porque sou minha. Sou eu, sou a solidão, sou a parceria e a confusão. Sou palavra, sou silêncio e neste dois sou a mistura infundada da vida.Sou eu, sou você, sou todos e não sou ninguém, simplesmente, porque sou vento. Sou esfinge, sou pitonisa, sou indecisão, indecifração. Sou o fonema, sou a palavra, sou a ação. Sou carne, sou osso, sou dor, sou emoção. Sou eu, assim, como uma asa de borboleta, que se pegar muito forte se desfaz. Assim como a Vida!
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