Reluzia tanto,
Que não te via.
No entanto, não me importava.
Era uma luz distinta, louca, brava.
Era tudo que eu queria.
Lembro que sempre pedia
Nas passagens escuras dos meus dias,
Uma prova da existência do divino.
E ele veio...
E incorporou-se em você!
E cada vez mais pude crer na luz do teu sorriso.
Porque era ele quem me guiaria
Porque o amei,
O senti,
Ele quem encontrei quando estive perdida,
Desiludida, sem caminho pra seguir.
Agora retorna o imenso breu.
Perdeu-se o encanto repentino
E tão breve partiu que nem deixou rastros.
Foi-se com teus passos
Teu sorriso de menino.
Nada vejo, nada espero,
Ainda amo o que perdi.
Então, pergunto-me:
“Se o divino é breve, porque o amor ficou aqui?”
Deve ser engano acreditar no que se sente.
A verdade é que esse teu jeito sorridente,
Foi só um lapso,
Só uma visão de quem nasceu
Pra viver na solidão.
Não houve laço com teus passos.
Olho sem traço,
Dente sem luz!
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