domingo, 5 de julho de 2009

Cegos olhos nus.

Não.
O prazer de destruíres meus sonhos com atos ingratos, não será teu!
Aliás, o que terás de mim no eterno, é apenas esse desejo intraduzível de querer tua alma na minha boca.
Não me dói.
Não me dói, porque essa máscara não é tua.
Perceba, querido: fui criada pra te pertencer.
Não podes desobedecer as leis da vida.
Não permito que me deixes partida no início dessa estrada poética que nos espera
Teus atos não me dizem nada. Teus olhos, sim.
Aguardo.
Quando teu olhar, de fato, enxergar...
Quando teu corpo não mais desobedecer ao destino,
Quando teus passos seguirem os rastros dos meus versos.
Inteira, estarei.
Completa do que é teu.
Inspirada na poesia da tua alma.
E te mostrarei, não mais provida de calma, que os prazeres do teu íntimo [os quais nem tu conheces]
foram guardados só para mim.
Assim, continue a amar pela metade,
Mas, quando vir, jogue fora tudo o que tens de humano, tudo o que é realidade.

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