Estava lendo um texto de um antigo amigo meu no blog dele, que por sinal eu não visitava fazia tempos. Antigo, leia-se, amigo distante, e não de muitos anos. E o texto falava sobre as pessoas que são exceções no mundo, como eu e você, provavelmente, e sobre as escolhas dela, de que tudo é coeso e determinante, será? Ás vezes tomamos decisões importantes porque TEMOS que tomar, porque ninguém pode fazer isso por você, e essas escolhas na maioria das vezes são escolhas que fazem uma diferença tão grande a ponto de mudar não só a sua vida como a de outras coligadas. E ai? Será que nessa hora temos que ser egoístas a tal ponto de ignorar tudo e todos e agir conforme nossas crenças e critérios? Ou será que temos que ponderar e tentar ver que o lado do outro não é tão verde assim? Acho que pra toda ação há uma reação, e que devemos sim pensar nas consequências dela pra outras pessoas mais do que pra nós mesmos. Porque se eu estragar a minha vida é um problema meu, mas e se eu estragar a sua? A coisa é muito mais complexa. Torço sim, pra que todas as minhas escolhas tragam fruto bom para mim e para as pessoas envolvidas, e que eu aprenda com meus erros à não cometê-los novamente, e se cometê-los que pague por essa imprudência. No fim a gente presta conta com nós mesmos.
Acho sim que tudo que se faz hoje volta contra você amanhã, mas paremos de falar de azarações e má consequências, falemos apenas sobre o porque de sermos tais exceções.
Talvez porque agimos de tal modo que quando algo de ruim acontece damos a desculpa de que foi o acaso e nunca irresponsabilidade da nossa parte, não conseguimos ou não queremos tomar a frente dos nossos problemas achando que tudo vai se resolver milagrosamente(e às vezes realmente se resolve). Fugimos da escolha e esperamos confiante que tudo se resolva sozinho, torcendo pro inevitável e acreditando que tudo acontece porque tem de acontecer. Esquecemos que somos nós responsáveis por todos os males individuais e coletivos. Esquecemos porque é confortável esquecer, e lembramos apenas das coisas boas. É, acho que estamos longe de sermos uma sociedade civilizada, beiramos ao ridículo e não nos importamos muito com isso.
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