quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Inevitável.

Beijo, me envolvo. Amo, zelo e cuido e no fim de tudo, enjôo.
Busco algo que ainda não encontrei, sentimentos que ainda não vivi.
Quero mais, quero tudo!
Por toda minha vida, culpei os outros.
Esperei o inevitável, forcei o que não existia mais.
Me superei, sofri, chorei, morri. Me ergui.
E a cada superação percebia que a anterior virava névoa, virava pó
E se posta na balança, não pesaria, faltaria ainda o que equilibrar.
Busco todos os dias por coisas que não existem ou as quais não posso ter.
Quero uma mistura de sentimentos fortes e avassaladores, e no entanto, quando o encontro, acho que não é o suficiente. Me sufoco, te sufoco, até um de nós desistir.
Lembro com facilidade, mas esqueço com maior facilidade. Já você, me guarda pra sempre, como um erro a não cometer novamente.
Sou perigosa, sou diabólica, sou a chave que você anseia, mas que depois de um tempo clama por jogar fora. Não consegue.
Se puder evitar, não se aproxime, não vai te fazer bem. Será dominado por forças ocultas e seu amor será maior que tudo e se transformará em ódio.
Evito, me culpo, mas no fim de tudo, eu me divirto.

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