segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Águas

Agonizou em pranto eterno
O silêncio muita vezes acompanhou
Só que também o barulho nas ruas
Com ela parou.

O tempo voraz e veloz
No seu rastro sem demora
Foi amigo e algoz,
Foi anjo e história.

Hoje ele passa por ela,
Não há murmúrios, nem expressão
Há o desejo de tê-la
Há o desejo de ocupar o novo coração.

Agora olhando-o e longe
O choro perdeu o sentido
Ele tão fora de alcance
Ela num outro desatino.


- Isabel Moraes

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