São 3 horas da matina, to ouvindo 30 seconds to mars sem parar há horas. Tenho prova quarta-feira, de uma matéria que eu to longe de saber, e a única coisa que vem a cabeça é você, seu corpo, seu olhar, seu toque (que ainda nem senti), seu jeito de falar, e mais ainda, seu jeito de me olhar. São tantos pensamentos rodeando minha mente, tantas vontades que não me acho mais. E me lembro da nossa conversa de quinta a noite, o quanto ser racional é prejudicial, o quanto a emoção é de fato mais divertida (por mais dolorosa que possa ser em alguns aspectos), me lembro do nosso quase-beijo e de seus dedos a deslizar pelo meu colo. Meus pensamentos voam e viajam a imaginar coisas futuras, desejos ocultos que você nem imagina. Sabe quando o quê você mais deseja se torna realidade? E ai você tem medo de tão real que a cousa é. Um paradoxo, eu sei.
Rio sozinha no meu quarto. Procuro por você virtualmente e não acho. Você apagou sua vida online, você apagou qualquer rastro seu de quando não está presente. E aí o medo corre pelo meu corpo, e ao mesmo tempo, a esperança. Medo de que tudo que um dia eu quis não venha nunca a se realizar, e que eu tenha perdido uma oportunidade única, e esperança, de que tudo tem o seu momento certo, como você me disse uma vez. Nosso momento ainda chegará, eu sei, eu sinto. Não era dentro daquele carro, nem nas diversas vezes quando você fitava meus olhos aqui em casa, é um momento que nós dois saberemos sem hesitar.
Enquanto esse dia tarda a chegar, você vai encontrando em outros braços, o afago. E eu vou consolando-me com abraços estranhos e olhares distantes.
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