Me contaram uma história quando eu nasci, de que quem se ama vive feliz para sempre, num castelo no alto de um morro, cheios de felicidade e amor, só esqueceram de me contar que era uma conto-de-fadas, e que eles (por mais belos que sejam) não existem. Não mencionaram também o fato de que castelos são mais patrimônios culturais que outra coisa, e que para ser dono de um desses, tem que ter uma conta bancária muito alta. Não me contaram que princípes só existem em países monárquicos e que são a minoria. Na verdade, a chance de encontramos uma 'alma gêmea' é quase tão baixa quanto os EUA deixarem de ser potência mundial atualmente. Na verdade, 'ser feliz para sempre' não é simples como se apaixonar por um vampiro e ele me fazer imortal (vampiros também morrem, mas antes eles sugam teu sangue até o fim), que na realidade, damos duro na vida para conseguir uma casa alugada onde morar e construir uma família.
Que se não ganharmos na loteria, casarmos com alguém rico ou ser filho de um (ou roubar) temos que batalhar muito para conseguir espaço na sociedade. Respeito então, é praticamente impossível.
Apesar da frustração de que as historinhas que eu ouvia desde criança não passam de metáforas para fantasiar uma ilusão, no fundo é a esperança que nos motiva, que nos faz acreditar que podemos sim ser 'felizes para sempre', que podemos lutar por um sorriso nos lábios todos os dias.
E não é à toa que esse casamento real do final de semana trouxe isso à tona, não é para ostentar o luxo da monarquia inglesa e nem o poderio que eles não tem, mas sim para mostrar que um príncipe pode sim se apaixonar por uma reles mortal e que eles podem sim ser felizes, que no meio desse conto-de-fadas todo e desse luxo, tem a esperança de algo bonito, verdadeiro e honesto. Que em meio há esse mundo doente e paranóico, ainda temos uma luz no fim do túnel.
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