Quero sua presença em demasia,
Seus suspiros ao meu ouvido,
Seu fugar em nossas relações
Quero estar, permanecer, ser.
Você passa como quem não quer nada,
Olhar de escanteio.
Enobrece a alma, alumia a calma.
Você sorrir como quem vai chorar.
Procuro onde você não está.
Me deito, esperando os laços seus,
Procuro por sensações esparsas, avassaladoras,
Me rendo, ao senti-lo em êxtase lúdico.
Você se rende, como um garoto virginal
Implora e pede, por sentimentos findos.
Você vive como se a morte fosse sem esperança,
Abandona, esquece, foge e envaidece.
No fim, nos resta o abraço não dado,
As palavras retomadas, a rua, o vazio.
No fim, morrem as ilusões, outrora sonhos em vão.
Morremos também, para vivermos com outro alguém.
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