De novo, e de novo e de novo,
Mais uma sobre você.
Nada muda.
Nosso silêncio permanece, nossa indiferença equivalesse.
Você me acusa de não te dar carinho, e nem da atenção. Mete o pau, diz que me odeia, e que eu não sirvo pra nada, nem mesmo para fazer um café. Você me insulta, com um ar de superioridade que só a embriaguez pode dar. Aquele ar de quem gosta querendo odiar, e de quem odeia querendo beijar. Você me xinga, e eu não falo nada.
Reflexões no dia seguinte...
Mas sobre mim, do que sobre você.
Sobre o meu eu-sujeito, sobre o meu ser. Se ele está perdido, onde está o caminho?
Resolver os problemas é mais difícil do que começa-los. Discuti-los é incansavelmente chato.
Para mim, o suficiente era o que nada dizer, apenas deixar que as coisas se consertassem, mas elas não consertam, não modificam. Se você me acusa de atos falhos é porque você os comete também. Como pode me exigir o que você mesmo nunca me deu?
Hipocrisia generalizada.
Agora eu quero por os pingos nos is.
Mas tenho medo, não da resposta, e sim da sua esquiva. Parece que adivinho cada passo seu e cada palavra a ser dada.
Mas do que isso, eu me petrifico em sua presença, como criança com medo de levar porrada. Eu me escondo, me esquivo, sussurro um oi a meia boca e saio correndo sem olhar pra trás. Você também o faz, fica tímido, mas do que isso, se intimida.
Olhar nos olhos é para os fortes.
Acredito que sou incapaz. Passo grande demais
Assim como andar de mãos dadas, abraços em publico, conhecer os pais. Quando a gente gosta a indiferença é a principal arma. Cometemos falhas, tropeçamos em publico, fazemos besteira atrás de besteiras, nos silenciamos.
Mas se um dia chegar alguém e me tirar de você, eu morro, ou mato.
O que fazer para evitar?
Tento ser forte, mas na sua presença, eu não consigo.
Se você não falar. Eu não falo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário