"Quando a borboleta coroou a flor amarela, os lírios, em ângulo reto com seus caules, fizeram uma profunda saudação..." - Guimarães Rosa
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Odeio
Odeio barulho de porta batendo, odeio gente que fala alto, odeio gente que fala baixo. ODEIO filme dublado, odeio filme sessão da tarde. Odeio lugar lotado, odeio lugar vazio também. ODEIO o verão do Rio de Janeiro, odeio chuva no frio. Odeio coca-cola, odeio mate leão light. Odeio ter que repetir a piada, ou a frase, ou uma palavra. Odeio gente burra. Odeio gente lerda. Odeio cara que usa boné, odeio cheiro de ovo. Odeio declarações amorosas, odeio agarramentos alheios. Odeio andar a pé, odeio usar sapatilha. Odeio ônibus sem ar-condicionado. Odeio hipocrisia. Odeio gentileza exagerada, e simpatia também. Odeio ter que chamar a atenção de alguém. Odeio quem começa a contar uma história e não termina. ODEIO cheiro de perfume forte. Odeio quem fala durante um programa. ODEIO COMERCIAIS, principalmente da Sony e da Warner. Odeio acordar cedo, odeio não conseguir dormir. Odeio rabanada. Odeio carregar bolsa. Odeio suco de pêssego, e de manga também. Odeio cuidar de gente bêbada, mas eu cuido, fazer o quê. Odeio choro de bebê. Odeio criança gritando. Odeio limpar cocô de cachorro. Odeio vinho, tinto ou branco. Odeio baile funk. Odeio quem finge ser o que não é. Odeio gente paranóica, egoísta ou sem noção. Odeio não ter as coisas que eu quero a hora que eu quero. Odeio cara que acha que provoca ciúmes. Odeio os que não acham também. Odeio frescura ou pessoas mimadas. Odeio...
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
F.
Menina bandida, que provoca arrepios.
Menina donzela, que sabe o que quer.
Menina da serra, do horizonte sem fim...
Garota sabida, coberta de névoa
Garota cigana, esperta que só...
Garota nervosa, malandra aprendiz.
Carrega em seu sorriso uma alegria finda
Carrega em sua vida experiências maduras
Carrega consigo, amor e dedicação.
Ninfa das ondas negras
Ninfa do cavalgar aloprado
Ninfa da boca vermelha e seca..
Sonha, e como não ousaste sonhar?
Sonha com a alma, grandeza de querer ser mulher.
Sonha e clama, pede e reza.
Do rock in roll ao MPB
Metade bossa nova, metade clichê.
Certeza step by step
Dias virão, noites também..
Madrugadas de cobertores,
E em seus olhos à espera por alguém.
Alguém que ali não está,
Presente futuro, glória eterna.
Alguém capaz.
Verdades exaladas à todo tempo..
Mentiras guardadas à sete chaves
Dúvidas geradas ao amanhecer.
Pertence há um mundo efêmero,
Triste, talvez..
Futuro da nação.
Veio para ensinar, veio para aprender.
Veio para mudar...
Se tornar o que não sonhava em ser.
Menina bandida, cara-de-pau.
Menina donzela, amor fraternal.
Menina da serra, veio e foi embora...
Menina donzela, que sabe o que quer.
Menina da serra, do horizonte sem fim...
Garota sabida, coberta de névoa
Garota cigana, esperta que só...
Garota nervosa, malandra aprendiz.
Carrega em seu sorriso uma alegria finda
Carrega em sua vida experiências maduras
Carrega consigo, amor e dedicação.
Ninfa das ondas negras
Ninfa do cavalgar aloprado
Ninfa da boca vermelha e seca..
Sonha, e como não ousaste sonhar?
Sonha com a alma, grandeza de querer ser mulher.
Sonha e clama, pede e reza.
Do rock in roll ao MPB
Metade bossa nova, metade clichê.
Certeza step by step
Dias virão, noites também..
Madrugadas de cobertores,
E em seus olhos à espera por alguém.
Alguém que ali não está,
Presente futuro, glória eterna.
Alguém capaz.
Verdades exaladas à todo tempo..
Mentiras guardadas à sete chaves
Dúvidas geradas ao amanhecer.
Pertence há um mundo efêmero,
Triste, talvez..
Futuro da nação.
Veio para ensinar, veio para aprender.
Veio para mudar...
Se tornar o que não sonhava em ser.
Menina bandida, cara-de-pau.
Menina donzela, amor fraternal.
Menina da serra, veio e foi embora...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Angústia...
Destilo saudades em copos vazios
Entre uma balada e um blues...
A corda quebrada do violão nega a nota
A letra da canção só tem teu nome...
...Titulo e refrão.
A melodia marulhada das ondas
Batem contra minha sanidade
Como a buscar lógica na loucura
Mordo o lábio, deslizo pela música
De meu respirar ofegante...
Teu cheiro me invade, inebrio-me...
Mágico perfume criado por alquimia
De algum boticário antigo...
...Fórmula perdida no tempo.
O vinil na vitrola chega ao fim
Os músicos recolhem-se ao silêncio
Lembranças ébrias de boêmia
Insistem em mais uma contra-dança
A madrugada deita-se sobre a noite
Cobrindo-se com o alvorecer...
Na parede um calendário riscado
Marca menos um dia...
...Na eterna ânsia de encontrar você.
Entre uma balada e um blues...
A corda quebrada do violão nega a nota
A letra da canção só tem teu nome...
...Titulo e refrão.
A melodia marulhada das ondas
Batem contra minha sanidade
Como a buscar lógica na loucura
Mordo o lábio, deslizo pela música
De meu respirar ofegante...
Teu cheiro me invade, inebrio-me...
Mágico perfume criado por alquimia
De algum boticário antigo...
...Fórmula perdida no tempo.
O vinil na vitrola chega ao fim
Os músicos recolhem-se ao silêncio
Lembranças ébrias de boêmia
Insistem em mais uma contra-dança
A madrugada deita-se sobre a noite
Cobrindo-se com o alvorecer...
Na parede um calendário riscado
Marca menos um dia...
...Na eterna ânsia de encontrar você.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Eu estou aqui. Sempre vou estar.
Eu estou aqui. Sempre vou estar.
Com uma palavra fez-se a guerra, mas com nenhum livro pode se trazer a paz.
Com poucos gestos criei inimigos, mas nem com todas as declarações conquistei meu amor.
Algumas pessoas conseguem ver escuridão onde o sol não para de brilhar, outras procuram a luz da lua na mais escura das noites.
Há pessoas que desarmam de seus orgulhos para entender o amor, há outras que semeiam dúvidas para colher a dor.
Onde muitos colocam um ponto final, eu coloco uma vírgula.
Enquanto todos se intitulam sábios, sempre serão aprendizes do seu próprio egoísmo.
Eu estou aqui. Sempre vou estar, pra quem souber onde procurar.
Saiba disso.
Enquanto isso, eu vou tentando me distrair.
Com uma palavra fez-se a guerra, mas com nenhum livro pode se trazer a paz.
Com poucos gestos criei inimigos, mas nem com todas as declarações conquistei meu amor.
Algumas pessoas conseguem ver escuridão onde o sol não para de brilhar, outras procuram a luz da lua na mais escura das noites.
Há pessoas que desarmam de seus orgulhos para entender o amor, há outras que semeiam dúvidas para colher a dor.
Onde muitos colocam um ponto final, eu coloco uma vírgula.
Enquanto todos se intitulam sábios, sempre serão aprendizes do seu próprio egoísmo.
Eu estou aqui. Sempre vou estar, pra quem souber onde procurar.
Saiba disso.
Enquanto isso, eu vou tentando me distrair.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Desabafo II
Será que podemos conversar? Só um pouco, 10 minutos. Nada mais.
Eu me pergunto porquê de tanto cuidado, de falsas declarações, e não só a seu respeito, porque na verdade, eu não me importo. Já cansei de me importar faz tempo...
O seu problema, ou de todos os homens, é acharem que são o centro do universo quando não são mais, de cometerem os mesmos erros em novas relações, como se quisessem achar, alguém que fosse indiferente a eles. Pode ser. Quem sabe!
De fato é engraçada a vida, o tédio, a melancolia, o tesão por outro alguém que não seja a 'pessoa amada', mas mais engraçado ainda é essa obrigação que se têm, ou que se acha que tem, de continuar ao lado de alguém por comodismo, por medo de magoar. Se a vida fosse contada por falta de iniciativa das pessoas, ninguém teria vida. Porque ninguém tem iniciativa, não sem um empurrão antes. É difícil, eu sei.
Meio que eu cansei de procurar, de entender. Se eu tenho vontade, eu vou lá e faço. Sem medir consequências. Foda-se! O problema dos outros é acharem que o alheio é uma ameaça, nada nem ninguém é uma ameaça. Ameaças só existem quando você é insegura e paranóica. Porque você cria problemas a sua volta o tempo todo e faz o outro(a) pensar em algo que na maioria das vezes, ele nem tinha pensado antes. Simples assim!
Talvez eu seja muito escrota mesmo, do tipo obviamente, e que incomoda 1 milhão de pessoas. E você com isso? Quando alguém me incomoda eu deleto da minha vida, de forma que a pessoa se torna realmente um nada, faça isso comigo, se é o seu caso. E dai? Nós não podemos ser simpáticos e legais com todo mundo. Primeiro, que vira falsidade, porque ninguém agrada a todos. Segundo, que é irracional. Se é necessário cultivar o ódio, mesmo que platônico, para se ter o amor. Eles se completam...
Beijos e tchau.
Eu me pergunto porquê de tanto cuidado, de falsas declarações, e não só a seu respeito, porque na verdade, eu não me importo. Já cansei de me importar faz tempo...
O seu problema, ou de todos os homens, é acharem que são o centro do universo quando não são mais, de cometerem os mesmos erros em novas relações, como se quisessem achar, alguém que fosse indiferente a eles. Pode ser. Quem sabe!
De fato é engraçada a vida, o tédio, a melancolia, o tesão por outro alguém que não seja a 'pessoa amada', mas mais engraçado ainda é essa obrigação que se têm, ou que se acha que tem, de continuar ao lado de alguém por comodismo, por medo de magoar. Se a vida fosse contada por falta de iniciativa das pessoas, ninguém teria vida. Porque ninguém tem iniciativa, não sem um empurrão antes. É difícil, eu sei.
Meio que eu cansei de procurar, de entender. Se eu tenho vontade, eu vou lá e faço. Sem medir consequências. Foda-se! O problema dos outros é acharem que o alheio é uma ameaça, nada nem ninguém é uma ameaça. Ameaças só existem quando você é insegura e paranóica. Porque você cria problemas a sua volta o tempo todo e faz o outro(a) pensar em algo que na maioria das vezes, ele nem tinha pensado antes. Simples assim!
Talvez eu seja muito escrota mesmo, do tipo obviamente, e que incomoda 1 milhão de pessoas. E você com isso? Quando alguém me incomoda eu deleto da minha vida, de forma que a pessoa se torna realmente um nada, faça isso comigo, se é o seu caso. E dai? Nós não podemos ser simpáticos e legais com todo mundo. Primeiro, que vira falsidade, porque ninguém agrada a todos. Segundo, que é irracional. Se é necessário cultivar o ódio, mesmo que platônico, para se ter o amor. Eles se completam...
Beijos e tchau.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Amanhã
Quero sua presença em demasia,
Seus suspiros ao meu ouvido,
Seu fugar em nossas relações
Quero estar, permanecer, ser.
Você passa como quem não quer nada,
Olhar de escanteio.
Enobrece a alma, alumia a calma.
Você sorrir como quem vai chorar.
Procuro onde você não está.
Me deito, esperando os laços seus,
Procuro por sensações esparsas, avassaladoras,
Me rendo, ao senti-lo em êxtase lúdico.
Você se rende, como um garoto virginal
Implora e pede, por sentimentos findos.
Você vive como se a morte fosse sem esperança,
Abandona, esquece, foge e envaidece.
No fim, nos resta o abraço não dado,
As palavras retomadas, a rua, o vazio.
No fim, morrem as ilusões, outrora sonhos em vão.
Morremos também, para vivermos com outro alguém.
Seus suspiros ao meu ouvido,
Seu fugar em nossas relações
Quero estar, permanecer, ser.
Você passa como quem não quer nada,
Olhar de escanteio.
Enobrece a alma, alumia a calma.
Você sorrir como quem vai chorar.
Procuro onde você não está.
Me deito, esperando os laços seus,
Procuro por sensações esparsas, avassaladoras,
Me rendo, ao senti-lo em êxtase lúdico.
Você se rende, como um garoto virginal
Implora e pede, por sentimentos findos.
Você vive como se a morte fosse sem esperança,
Abandona, esquece, foge e envaidece.
No fim, nos resta o abraço não dado,
As palavras retomadas, a rua, o vazio.
No fim, morrem as ilusões, outrora sonhos em vão.
Morremos também, para vivermos com outro alguém.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Sol
O sol embotou minha alegria
Ao longe segue o vôo a passarada
E à volta sinto dor e agonia
Dessas horas em que desce a alvorada.
Pálido sol que nasce ainda frio
Que ao nascer traz lembranças do poente
E reflete sua imagem sobre o rio
E a cada instante se faz mais reluzente.
Horas mortas de silêncio e brancura
Como se o dia relutasse a luz romper
Mas logo o sol é fogo e chama pura
Eu o saúdo e volto a adormecer.
Ao longe segue o vôo a passarada
E à volta sinto dor e agonia
Dessas horas em que desce a alvorada.
Pálido sol que nasce ainda frio
Que ao nascer traz lembranças do poente
E reflete sua imagem sobre o rio
E a cada instante se faz mais reluzente.
Horas mortas de silêncio e brancura
Como se o dia relutasse a luz romper
Mas logo o sol é fogo e chama pura
Eu o saúdo e volto a adormecer.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Nós dois.
Seu comportamento mubral
Sua alma ufanista
Seus desejos libertinos
Holisticamente malogro,
Com todas as suas manias,
Me rendo.
Risos, pensamentos, sons.
Melodicamente perfeito,
Tamanhas imperfeições.
Do real ao imaginário,
De quem quer, e não tem coragem,
De quem ama, sem querer amar.
Da vontade alheia, a minha vontade.
Renda-se, mergulhe, sinta, vibre.
Sorria a cada olhar tênue.
Me tenha, além das expectativas.
Entregue-se a nós, uma vez só...
Até o tempo nos expulsar.
Sua alma ufanista
Seus desejos libertinos
Holisticamente malogro,
Com todas as suas manias,
Me rendo.
Risos, pensamentos, sons.
Melodicamente perfeito,
Tamanhas imperfeições.
Do real ao imaginário,
De quem quer, e não tem coragem,
De quem ama, sem querer amar.
Da vontade alheia, a minha vontade.
Renda-se, mergulhe, sinta, vibre.
Sorria a cada olhar tênue.
Me tenha, além das expectativas.
Entregue-se a nós, uma vez só...
Até o tempo nos expulsar.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Será que é tão incomum não querer acordar todo dia com alguém do lado? Cuidar de alguém e se preocupar diariamente? Será? Será que é tão incomum não querer acordar de madrugada com berros de um recém-nascido, trocar fralda ou amamentar? Engordar algus quilos, ser completamente responsável por alguém. Será?
Às vezes me pergunto isso, porque outras pessoas me perguntam isso - você não quer ter filhos? - você não namora porquê? - coisas do gênero. Como se por eu não querer ser mãe ou sempre terminar meu rolos antes que eles virem namoro, eu seja uma extraterrestre. Na minha opinião as pessoas só deveriam fazer aquilo que elas tem 100% de certeza, sem nenhuma dúvida. É muito fácil julgar alguém, e no entanto, não seguir com seus próprios princípios. Esses são os meus: eu JAMAIS vou namorar alguém que eu não seja apaixonada, louca, fissurada. Jamais. Jamais vou namorar alguém com duas semanas ficando com essa pessoa(porque não se conhece ninguém em duas semanas); jamais vou namorar por comodismo, interesse, ou carência, motivos de 99% dos casais hoje em dia. JAMAIS vou ser mãe sem, primeiro, querer ser, ter vontade, sonhar e amar o fato de criar e educar uma criança. Jamais serei mãe sem me estabelecer financeiramente, porque pessoa nenhuma no mundo merece passar necessidades básicas. Jamais serei mãe por causa de alguém que não seja eu mesma. Então se isso é ser um extraterrestre sem emoções e sentimentos, me desculpem, mas na minha opinião, estranhos são, os que fazem o contrário.
Às vezes me pergunto isso, porque outras pessoas me perguntam isso - você não quer ter filhos? - você não namora porquê? - coisas do gênero. Como se por eu não querer ser mãe ou sempre terminar meu rolos antes que eles virem namoro, eu seja uma extraterrestre. Na minha opinião as pessoas só deveriam fazer aquilo que elas tem 100% de certeza, sem nenhuma dúvida. É muito fácil julgar alguém, e no entanto, não seguir com seus próprios princípios. Esses são os meus: eu JAMAIS vou namorar alguém que eu não seja apaixonada, louca, fissurada. Jamais. Jamais vou namorar alguém com duas semanas ficando com essa pessoa(porque não se conhece ninguém em duas semanas); jamais vou namorar por comodismo, interesse, ou carência, motivos de 99% dos casais hoje em dia. JAMAIS vou ser mãe sem, primeiro, querer ser, ter vontade, sonhar e amar o fato de criar e educar uma criança. Jamais serei mãe sem me estabelecer financeiramente, porque pessoa nenhuma no mundo merece passar necessidades básicas. Jamais serei mãe por causa de alguém que não seja eu mesma. Então se isso é ser um extraterrestre sem emoções e sentimentos, me desculpem, mas na minha opinião, estranhos são, os que fazem o contrário.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
crazy idiot love
Parasita.
Retardatário.
Falácia!
Lagrimas de sal,
Chuva de dor, outrora tristeza exalada.
Pensamento oco, nato.
Desejo, aflição
Olhares que se tocam
Bocas que se trocam.
Amor, ódio.
Indiferença
Descrença
Retardatário.
Falácia!
Lagrimas de sal,
Chuva de dor, outrora tristeza exalada.
Pensamento oco, nato.
Desejo, aflição
Olhares que se tocam
Bocas que se trocam.
Amor, ódio.
Indiferença
Descrença
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
?
Inevitável, eu sei. Algo maior e mais forte do que eu pudesse supor. Que qualquer um de nós pudesse supor. Não digo que seja atração fatal, sinceramente, isso é muito relativo, mas não digo que não há com o quê se preocupar, pois há. Sempre houve, eu creio. No começo era apenas interesse passageiro, como criança quando olha pela fechadura o que não devia. Depois se tornou troca de olhares, palavras sabiamente pensadas, pensamentos espontâneos, fortes, perturbadores. Outros começaram a perceber, deram toque, opiniões. E tudo se acaba em culpa, em arrependimento, em querer e não poder. Tudo se torna desculpas cotidianas, não mais olhares e não mais palavras, porém os pensamentos, esses sim, não acabam, não há como...
O que resta é esperar então.
O que resta é esperar então.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Eles.
Ele passa como quem não quer nada,
Olha,
Fixa,
Te enobrece.
Ela olha como quem devora,
Encara,
Domina,
Te enlouquece.
Ele é pacato, parado, sensato.
Timidez,
Boca fina,
Surdina.
Ela é voraz, sagaz, calígula.
Ousada,
Boca grossa,
Maldosa.
Juntos, são como a perfeição,
Cerébro e sentimento,
Tempestade e calmaria.
Separados são inexistentes em suas bolhas de sabão.
Olha,
Fixa,
Te enobrece.
Ela olha como quem devora,
Encara,
Domina,
Te enlouquece.
Ele é pacato, parado, sensato.
Timidez,
Boca fina,
Surdina.
Ela é voraz, sagaz, calígula.
Ousada,
Boca grossa,
Maldosa.
Juntos, são como a perfeição,
Cerébro e sentimento,
Tempestade e calmaria.
Separados são inexistentes em suas bolhas de sabão.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Um vez, a pouco tempo atrás, alguém me perguntou o que eu queria da vida, e eu não sabia responder. Eu só sei o que eu não quero, o que não me deixa satisfeita, o que não me faz feliz, eu só sei que quando vivencio algo é ai que eu sei se é isso que eu quero pra minha vida ou não, e se eu quiser, eu vou ter.
O que nos resta?
Como quem quer sem saber o porquê
Como quem procura e não acha
Como quem se lamenta sem razão
A vida é feita de instantes de insanidade
De momentos de deleite, de depressão
Feita de sentimentos alucinadores, pertubadores.
Em outra vida, cometerei mais erros.
Perdoarei mais, mentirei mais, viverei mais.
Em outra vida, serei menos eu, mais humana.
E de todo o resto, só nos resta as lembranças
Marcas de uma vida tão curta, tão injusta.
E de todo o resto, nos resta a sobriedade,
Momentos repletos de felicidade.
Como quem procura e não acha
Como quem se lamenta sem razão
A vida é feita de instantes de insanidade
De momentos de deleite, de depressão
Feita de sentimentos alucinadores, pertubadores.
Em outra vida, cometerei mais erros.
Perdoarei mais, mentirei mais, viverei mais.
Em outra vida, serei menos eu, mais humana.
E de todo o resto, só nos resta as lembranças
Marcas de uma vida tão curta, tão injusta.
E de todo o resto, nos resta a sobriedade,
Momentos repletos de felicidade.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Variações
Em vossa homenagem
Roubo-lhe o olhar e prendo-o em mim
Queixo-me de teus ciúmes
Negrumes, palavras sem fim.
Sinto sua pele, seu suor, seu íntimo
Sinto sua alma, suas mentiras, sua vida
Sinto nossas verdades, como derramadas
Em baldes de tinta.
No outro dia esqueço. Me desligo!
Da embriaguez ao sorriso efêmero
Do cândido vibrar de nossos corações
Outrora felicidade fatigada de nossas coroações.
Pertenço a sua mente como um percevejo,
Que não larga, não abandona.
Sou música, diretriz, calmaria.
Sou sua pintura, sua arruda, seu penar.
No fim das contas, somos um só.
Tão sérios, tão contraditórios.
Somos do mais puro samba
Do mais puro amor.
Roubo-lhe o olhar e prendo-o em mim
Queixo-me de teus ciúmes
Negrumes, palavras sem fim.
Sinto sua pele, seu suor, seu íntimo
Sinto sua alma, suas mentiras, sua vida
Sinto nossas verdades, como derramadas
Em baldes de tinta.
No outro dia esqueço. Me desligo!
Da embriaguez ao sorriso efêmero
Do cândido vibrar de nossos corações
Outrora felicidade fatigada de nossas coroações.
Pertenço a sua mente como um percevejo,
Que não larga, não abandona.
Sou música, diretriz, calmaria.
Sou sua pintura, sua arruda, seu penar.
No fim das contas, somos um só.
Tão sérios, tão contraditórios.
Somos do mais puro samba
Do mais puro amor.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
III
-“Eu sou o mundo
Esta em mim aquilo que me é único
Estou vivo como todas as pessoas
Como as ruins e como as boas.”
Houve quem se calasse
Houve quem se calasse
E todos se sentiram diferente
E todos se sentiram Gente.
Esta em mim aquilo que me é único
Estou vivo como todas as pessoas
Como as ruins e como as boas.”
Houve quem se calasse
Houve quem se calasse
E todos se sentiram diferente
E todos se sentiram Gente.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
"Ai de mim, ai, pobre de mim!
Aqui estou, ó Deus, para entender que crime cometi contra Vós.
Mas, se nasci, eu já entendo o crime que cometi.
Aí está motivo suficiente para Vossa justiça,
Vosso rigor, porque o crime maior do homem é ter nascido.
Para apurar meus cuidados, só queria saber que outros crimes cometi contra Vós
além do crime de nascer. Não nasceram outros também?
Pois, se os outros nasceram, que privilégios tiveram que eu jamais gozei?
Nasce uma ave e, embelezada por seus ricos enfeites, não passa de flor de plumas, ramalhete alado quando veloz cortando salões aéreos, recusa piedade ao ninho que abandona em paz.
E eu, tendo mais instinto, tenho menos liberdade?
Nasce uma fera e, com a pele respingada de belas manchas, que lembram estrelas.
Logo, atrevida e feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade, monstro de seu labirinto.
E eu, tendo mais alma, tenho menos liberdade?
Nasce um peixe, aborto de ovas e Iodo e, feito um barco de escamas sobre as ondas, ele gira, gira por toda parte, exibindo a imensa habilidade que lhe dá um coração frio.
E eu, tendo mais escolha, tenho menos liberdade?
Nasce um riacho, serpente prateada, que dentre flores surge de repente e de repente, entre flores se esconde onde músico celebra a piedade das flores que lhe dão um campo aberto à sua fuga.
E eu, tendo mais vida, tenho menos liberdade?
Assim, assim chegando a esta paixão, um vulcão qual o Etna quisera arrancar do peito, pedaços do coração.
Que lei, justiça ou razão pôde recusar aos homens privilégio tão suave, exceção tão única que Deus deu a um cristal, a um peixe, a uma fera e a uma ave?"
Pedro Calderón de la Barca
Aqui estou, ó Deus, para entender que crime cometi contra Vós.
Mas, se nasci, eu já entendo o crime que cometi.
Aí está motivo suficiente para Vossa justiça,
Vosso rigor, porque o crime maior do homem é ter nascido.
Para apurar meus cuidados, só queria saber que outros crimes cometi contra Vós
além do crime de nascer. Não nasceram outros também?
Pois, se os outros nasceram, que privilégios tiveram que eu jamais gozei?
Nasce uma ave e, embelezada por seus ricos enfeites, não passa de flor de plumas, ramalhete alado quando veloz cortando salões aéreos, recusa piedade ao ninho que abandona em paz.
E eu, tendo mais instinto, tenho menos liberdade?
Nasce uma fera e, com a pele respingada de belas manchas, que lembram estrelas.
Logo, atrevida e feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade, monstro de seu labirinto.
E eu, tendo mais alma, tenho menos liberdade?
Nasce um peixe, aborto de ovas e Iodo e, feito um barco de escamas sobre as ondas, ele gira, gira por toda parte, exibindo a imensa habilidade que lhe dá um coração frio.
E eu, tendo mais escolha, tenho menos liberdade?
Nasce um riacho, serpente prateada, que dentre flores surge de repente e de repente, entre flores se esconde onde músico celebra a piedade das flores que lhe dão um campo aberto à sua fuga.
E eu, tendo mais vida, tenho menos liberdade?
Assim, assim chegando a esta paixão, um vulcão qual o Etna quisera arrancar do peito, pedaços do coração.
Que lei, justiça ou razão pôde recusar aos homens privilégio tão suave, exceção tão única que Deus deu a um cristal, a um peixe, a uma fera e a uma ave?"
Pedro Calderón de la Barca
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Inevitável....
Sabe fim de ano? Quando a gente promete mundos e fundos? Quando a gente espera que tudo que foi ruim no ano anterior mude? Bom, é exatamente da mesma forma agora. A gente sempre vê no outro uma forma de refúgio, uma forma de absolvição. Esperamos que eles não nos vejam da mesma forma que os outros viam, não queiram a mesma coisa do mesmo modo anterior, que se apaixonem por características diferentes, que se preocupam, que percebam a validade do seu sorriso. A gente espera, mas no fundo se decepciona constantemente, as pessoas não mudam, não evoluem e o que resta apenas é essa pequena esperança a qual nos apegamos. Temos que encarar os fatos e relevar? Aceitar que a vida é assim mesmo e que um dia tudo isso irá mudar? Ou temos que nos rebelar, reivindicar, correr atrás de algo melhor? Mesmo que se quebre a cara no final. Acho que no meu caso, quebrar a cara já não é mais um problema, o estranho seria diferente.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
II
-“Eu anuncio o fim do mundo
Está morto aquele que foi primeiro e único
Trago a má-nova a todas pessoas
Sejam elas ruins ou não tão boas.”
Houve quem não acreditasse
Houve também quem aclamasse
Mas não houveram indiferentes
Pro espanto de Toda a gente.
Está morto aquele que foi primeiro e único
Trago a má-nova a todas pessoas
Sejam elas ruins ou não tão boas.”
Houve quem não acreditasse
Houve também quem aclamasse
Mas não houveram indiferentes
Pro espanto de Toda a gente.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
I
- “Eu criei o mundo,
Sou eu primeiro e único;
De mim nasceram todas as pessoas
“Sejam elas ruins ou boas.”
Houve quem o adorasse
Houve quem o odiasse
Houve indiferentes
Esses, a maior parte da gente.
Sou eu primeiro e único;
De mim nasceram todas as pessoas
“Sejam elas ruins ou boas.”
Houve quem o adorasse
Houve quem o odiasse
Houve indiferentes
Esses, a maior parte da gente.
domingo, 19 de junho de 2011
(...)
Elucidou o meu pranto
De noites várias e intermináveis
De olhares sombrios e sorrisos ditosos
O medo correndo em minhas veias
Salto-me surpresa do edredom
Cansada de tanta imensidão
Da força que destrói coisas belas
Da feiura oprimida em cada ruga, em cada verruga
Da tristeza que exala em meus olhos cor do céu
Consolo-me em abraços partidos, em corações solitários
Conforto-me em beijos acasalados, em contrastes branco-preto
Pereço de um amor insólito, e sorrio por devastação.
De noites várias e intermináveis
De olhares sombrios e sorrisos ditosos
O medo correndo em minhas veias
Salto-me surpresa do edredom
Cansada de tanta imensidão
Da força que destrói coisas belas
Da feiura oprimida em cada ruga, em cada verruga
Da tristeza que exala em meus olhos cor do céu
Consolo-me em abraços partidos, em corações solitários
Conforto-me em beijos acasalados, em contrastes branco-preto
Pereço de um amor insólito, e sorrio por devastação.
sábado, 18 de junho de 2011
COR - AÇÃO
Hoje sorrio por desespero
Hoje choro por solidão
Hoje amo por desapego
O que será do amanhã?
O que será dessa plenitude?
O que será de nós?
Ontem eu pensei em você,
como quem quer e não tem coragem.
Ontem eu me debulhei em lágrimas,
como quem anseia, morre e mata.
Queria menos sentimentos
Queria mais desejos, mais presença
Queria nosso amor em uníssono
Desculpe-me pelo fracasso
Desculpe por me desesperar
Desculpe-me por te perder
Hoje choro por solidão
Hoje amo por desapego
O que será do amanhã?
O que será dessa plenitude?
O que será de nós?
Ontem eu pensei em você,
como quem quer e não tem coragem.
Ontem eu me debulhei em lágrimas,
como quem anseia, morre e mata.
Queria menos sentimentos
Queria mais desejos, mais presença
Queria nosso amor em uníssono
Desculpe-me pelo fracasso
Desculpe por me desesperar
Desculpe-me por te perder
terça-feira, 14 de junho de 2011
Que sentimento é este criatura
Que engana o tempo e desconsidera o espaço,
Que faz-se morto na distância entre um e outro abraço,
Fazendo do seu criador sua própria sepultura.
Parece alimentar-se da ausência tua
Ou nutrise das raras vezes que nos vemos
E da saudade de cada encontro que tivemos
Nenhuma outra suscitou tal sentimento
Outra mulher não mata e ressucita o meu amor
Só tu chama-o à vida com teu fulgor
E o que é dor já é contentamento
Este incompreensível sentimento até parece
Que me vê envelhecendo
Mas ele próprio não envelhece
autor desconhecido
Que engana o tempo e desconsidera o espaço,
Que faz-se morto na distância entre um e outro abraço,
Fazendo do seu criador sua própria sepultura.
Parece alimentar-se da ausência tua
Ou nutrise das raras vezes que nos vemos
E da saudade de cada encontro que tivemos
Nenhuma outra suscitou tal sentimento
Outra mulher não mata e ressucita o meu amor
Só tu chama-o à vida com teu fulgor
E o que é dor já é contentamento
Este incompreensível sentimento até parece
Que me vê envelhecendo
Mas ele próprio não envelhece
autor desconhecido
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Nostálgico
O seu maldizer não pensado
Outrora busca do prazer.
O seu mau-olhado intransigente
Futura glória delinquente.
Mal que seu tortuoso fim,
Amor e dor efêmeros ditosos
Da vida que destes a mim.
Devaneios nefastos
Loucuras brandas.
Largo o véu ao féu
Desminto o omitido.
Oriundos afins acasalados
Mórbidos desejos afagados
De lembranças extirpadas.
Triste término de uma linda história.
Outrora busca do prazer.
O seu mau-olhado intransigente
Futura glória delinquente.
Mal que seu tortuoso fim,
Amor e dor efêmeros ditosos
Da vida que destes a mim.
Devaneios nefastos
Loucuras brandas.
Largo o véu ao féu
Desminto o omitido.
Oriundos afins acasalados
Mórbidos desejos afagados
De lembranças extirpadas.
Triste término de uma linda história.
domingo, 5 de junho de 2011
Ela
Era de se esperar, a sua vida mudara. Suas expectativas, suas relações amorosas. Ela era outra pessoa, aqueles que a conheciam não mais a reconheciam, e aqueles que estavam conhecendo-a, se apaixonavam. Apesar da mudança repentina, ela não tinha deixado de ser a menina ingênua e pura que sempre fora, só estava mais aberta, mais calma com o mundo, estava atrás de algo que a fizesse entrar em estado de êxtase, algo que a fizesse despertar de manhã e correr rua afora gritando de felicidade.
Depois de muitas coisas já enfrentadas, depois de muitas desilusões e frustrações, ela encontrou em seus próprios braços a esperança, viu-se ligada a vida de uma forma sublime, e sorriu com esse descobrimento. Muitos vivem dizendo o quanto ela especial, o quanto a amam, o quanto nunca conheceram alguém como ela. Muitos fazem eternas declarações, muitos a procuram quando precisam, e a sufocam. Mas ela não se importa, é como se ela tivesse vindo ao mundo exatamente com a missão de ajudar e encantar os outros. Ela sofre, é um martírio ser tão adorada. Porque não se pode cometer erros, porque qualquer falha é grotesca demais e qualquer piso em falso é o fundo do poço, para ela. Mas ela sorri, todos os dias, ela chora e sorri, porque é confortante tamanha afeição, ela se preocupa, ela zela e cuida. No fim do dia, nada mais importa, ela está buscando seu caminho e sabe que vai encontrá-lo, um futuro lindo a aguarda, de braços dados com a felicidade.
Depois de muitas coisas já enfrentadas, depois de muitas desilusões e frustrações, ela encontrou em seus próprios braços a esperança, viu-se ligada a vida de uma forma sublime, e sorriu com esse descobrimento. Muitos vivem dizendo o quanto ela especial, o quanto a amam, o quanto nunca conheceram alguém como ela. Muitos fazem eternas declarações, muitos a procuram quando precisam, e a sufocam. Mas ela não se importa, é como se ela tivesse vindo ao mundo exatamente com a missão de ajudar e encantar os outros. Ela sofre, é um martírio ser tão adorada. Porque não se pode cometer erros, porque qualquer falha é grotesca demais e qualquer piso em falso é o fundo do poço, para ela. Mas ela sorri, todos os dias, ela chora e sorri, porque é confortante tamanha afeição, ela se preocupa, ela zela e cuida. No fim do dia, nada mais importa, ela está buscando seu caminho e sabe que vai encontrá-lo, um futuro lindo a aguarda, de braços dados com a felicidade.
sábado, 4 de junho de 2011
Adeus
Confesso que estou aturdida
Perdida em devaneios sem fim,
Olhando a esmo,
Refletindo sobre sei lá o quê.
Prometo que nada dura para sempre
Que a morte é o escape
Que a vida só não basta
E que nós poderíamos ser melhores do que fomos.
Quero esquecer, de tudo.
Do que já vivi, do que não tive
E do que nunca terei...
Quero esquecer você.
Você sentiria a minha falta?
Você se mataria com a minha ausência?
Você escaparia do seu destino incerto?
Você se libertaria de sua alma?
Sou um vegetal,
Um ser sem luz
Sou um animal,
Um bicho aglutinador
Por que não me queres mais?
Por que não te tenho aqui agora?
Por que tudou virou de cabeça para baixo?
Por que o mundo estagnou?
Despeço-me de regalias e funções
Despeço-me de sonhos e ilusões
Despeço-me de qualquer restígio
Despeço-me de nós!
Perdida em devaneios sem fim,
Olhando a esmo,
Refletindo sobre sei lá o quê.
Prometo que nada dura para sempre
Que a morte é o escape
Que a vida só não basta
E que nós poderíamos ser melhores do que fomos.
Quero esquecer, de tudo.
Do que já vivi, do que não tive
E do que nunca terei...
Quero esquecer você.
Você sentiria a minha falta?
Você se mataria com a minha ausência?
Você escaparia do seu destino incerto?
Você se libertaria de sua alma?
Sou um vegetal,
Um ser sem luz
Sou um animal,
Um bicho aglutinador
Por que não me queres mais?
Por que não te tenho aqui agora?
Por que tudou virou de cabeça para baixo?
Por que o mundo estagnou?
Despeço-me de regalias e funções
Despeço-me de sonhos e ilusões
Despeço-me de qualquer restígio
Despeço-me de nós!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Retaliação
Quero tudo
Quero agora
Como quem anseia a morte
Como quem chora à tempestade
Quero vida, flores, jardim
Quero barro, lama, festim
Quero doses cavalares de whisky
Quero o silêncio da serra
Quero fogo, quero gelo, quero clamor
Mas também quero sossego, choro e dissabor
No fim das contas,
Quero a esperança, desagravando o meu penar.
Quero agora
Como quem anseia a morte
Como quem chora à tempestade
Quero vida, flores, jardim
Quero barro, lama, festim
Quero doses cavalares de whisky
Quero o silêncio da serra
Quero fogo, quero gelo, quero clamor
Mas também quero sossego, choro e dissabor
No fim das contas,
Quero a esperança, desagravando o meu penar.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Ciclone
Se queres-me como vento,
Transformo-me em um tornado.
Se deseja-me como brisa leve,
Dou-te a tempestade.
Se lamentas por mim,
Mostro-lhe desprezo.
Se choras e clamas,
Sou amor e desejo.
Mas se ignora-me e vai-te embora,
Peço-te que retorne.
Mas se luta, briga e morre,
Sufoco-me, por não ter-te mais.
Transformo-me em um tornado.
Se deseja-me como brisa leve,
Dou-te a tempestade.
Se lamentas por mim,
Mostro-lhe desprezo.
Se choras e clamas,
Sou amor e desejo.
Mas se ignora-me e vai-te embora,
Peço-te que retorne.
Mas se luta, briga e morre,
Sufoco-me, por não ter-te mais.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Desabafo
São 3 horas da matina, to ouvindo 30 seconds to mars sem parar há horas. Tenho prova quarta-feira, de uma matéria que eu to longe de saber, e a única coisa que vem a cabeça é você, seu corpo, seu olhar, seu toque (que ainda nem senti), seu jeito de falar, e mais ainda, seu jeito de me olhar. São tantos pensamentos rodeando minha mente, tantas vontades que não me acho mais. E me lembro da nossa conversa de quinta a noite, o quanto ser racional é prejudicial, o quanto a emoção é de fato mais divertida (por mais dolorosa que possa ser em alguns aspectos), me lembro do nosso quase-beijo e de seus dedos a deslizar pelo meu colo. Meus pensamentos voam e viajam a imaginar coisas futuras, desejos ocultos que você nem imagina. Sabe quando o quê você mais deseja se torna realidade? E ai você tem medo de tão real que a cousa é. Um paradoxo, eu sei.
Rio sozinha no meu quarto. Procuro por você virtualmente e não acho. Você apagou sua vida online, você apagou qualquer rastro seu de quando não está presente. E aí o medo corre pelo meu corpo, e ao mesmo tempo, a esperança. Medo de que tudo que um dia eu quis não venha nunca a se realizar, e que eu tenha perdido uma oportunidade única, e esperança, de que tudo tem o seu momento certo, como você me disse uma vez. Nosso momento ainda chegará, eu sei, eu sinto. Não era dentro daquele carro, nem nas diversas vezes quando você fitava meus olhos aqui em casa, é um momento que nós dois saberemos sem hesitar.
Enquanto esse dia tarda a chegar, você vai encontrando em outros braços, o afago. E eu vou consolando-me com abraços estranhos e olhares distantes.
Rio sozinha no meu quarto. Procuro por você virtualmente e não acho. Você apagou sua vida online, você apagou qualquer rastro seu de quando não está presente. E aí o medo corre pelo meu corpo, e ao mesmo tempo, a esperança. Medo de que tudo que um dia eu quis não venha nunca a se realizar, e que eu tenha perdido uma oportunidade única, e esperança, de que tudo tem o seu momento certo, como você me disse uma vez. Nosso momento ainda chegará, eu sei, eu sinto. Não era dentro daquele carro, nem nas diversas vezes quando você fitava meus olhos aqui em casa, é um momento que nós dois saberemos sem hesitar.
Enquanto esse dia tarda a chegar, você vai encontrando em outros braços, o afago. E eu vou consolando-me com abraços estranhos e olhares distantes.
domingo, 8 de maio de 2011
Outrora
E se me perguntarem do que eu tenho medo,
Eu direi que é de você.
E se me perguntarem o porquê,
Eu não direi nada.
Depois de tantas mazelas, mágoas e falsas declarações
Depois de tanta briga, beijos e relações
Depois de tanto estar, querer, amar
Depois de tudo, não nos sobrou mais nada.
Não nos sobrou a dor da separação,
Nem mesmo o desgosto das más relações.
Não nos sobrou o carinho admirado,
Nem mesmo os beijos embriagados.
Da ternura à indiferença,
Da pureza à esperteza
Do amor à dor
Das nossas vidas, o remate.
Eu direi que é de você.
E se me perguntarem o porquê,
Eu não direi nada.
Depois de tantas mazelas, mágoas e falsas declarações
Depois de tanta briga, beijos e relações
Depois de tanto estar, querer, amar
Depois de tudo, não nos sobrou mais nada.
Não nos sobrou a dor da separação,
Nem mesmo o desgosto das más relações.
Não nos sobrou o carinho admirado,
Nem mesmo os beijos embriagados.
Da ternura à indiferença,
Da pureza à esperteza
Do amor à dor
Das nossas vidas, o remate.
domingo, 1 de maio de 2011
REALeza
Me contaram uma história quando eu nasci, de que quem se ama vive feliz para sempre, num castelo no alto de um morro, cheios de felicidade e amor, só esqueceram de me contar que era uma conto-de-fadas, e que eles (por mais belos que sejam) não existem. Não mencionaram também o fato de que castelos são mais patrimônios culturais que outra coisa, e que para ser dono de um desses, tem que ter uma conta bancária muito alta. Não me contaram que princípes só existem em países monárquicos e que são a minoria. Na verdade, a chance de encontramos uma 'alma gêmea' é quase tão baixa quanto os EUA deixarem de ser potência mundial atualmente. Na verdade, 'ser feliz para sempre' não é simples como se apaixonar por um vampiro e ele me fazer imortal (vampiros também morrem, mas antes eles sugam teu sangue até o fim), que na realidade, damos duro na vida para conseguir uma casa alugada onde morar e construir uma família.
Que se não ganharmos na loteria, casarmos com alguém rico ou ser filho de um (ou roubar) temos que batalhar muito para conseguir espaço na sociedade. Respeito então, é praticamente impossível.
Apesar da frustração de que as historinhas que eu ouvia desde criança não passam de metáforas para fantasiar uma ilusão, no fundo é a esperança que nos motiva, que nos faz acreditar que podemos sim ser 'felizes para sempre', que podemos lutar por um sorriso nos lábios todos os dias.
E não é à toa que esse casamento real do final de semana trouxe isso à tona, não é para ostentar o luxo da monarquia inglesa e nem o poderio que eles não tem, mas sim para mostrar que um príncipe pode sim se apaixonar por uma reles mortal e que eles podem sim ser felizes, que no meio desse conto-de-fadas todo e desse luxo, tem a esperança de algo bonito, verdadeiro e honesto. Que em meio há esse mundo doente e paranóico, ainda temos uma luz no fim do túnel.
Que se não ganharmos na loteria, casarmos com alguém rico ou ser filho de um (ou roubar) temos que batalhar muito para conseguir espaço na sociedade. Respeito então, é praticamente impossível.
Apesar da frustração de que as historinhas que eu ouvia desde criança não passam de metáforas para fantasiar uma ilusão, no fundo é a esperança que nos motiva, que nos faz acreditar que podemos sim ser 'felizes para sempre', que podemos lutar por um sorriso nos lábios todos os dias.
E não é à toa que esse casamento real do final de semana trouxe isso à tona, não é para ostentar o luxo da monarquia inglesa e nem o poderio que eles não tem, mas sim para mostrar que um príncipe pode sim se apaixonar por uma reles mortal e que eles podem sim ser felizes, que no meio desse conto-de-fadas todo e desse luxo, tem a esperança de algo bonito, verdadeiro e honesto. Que em meio há esse mundo doente e paranóico, ainda temos uma luz no fim do túnel.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Enquanto isso..
Eram cinco da manhã, o Sol acabava de dar sua graça e embelezar as ruas cheias de alamedas. Num canto escuro, avistava um menino, cabisbaixo, triste, como quem acabara de perder um ente-querido. Chego até ele e pergunto por que o motivo de tanta decepção, ele ergue a cabeça num olhar singelo, mas ao mesmo tempo profundo com imensas cicatrizes, de alguém tão novo que já sofrera coisas horrendas na vida. Penso: ‘coitado’. E então ele me olha fixamente e diz: E tem algum motivo para eu estar feliz? – levanta e sai andando, me deixando ao léu, no vazio da escuridão...
O dia passa e aquele encontro não me sai da mente, as poucas palavras daquele menino e toda a profundidade que elas exalavam. E depois de muito refletir, realmente, pensei eu, temos muito mais motivos pra chorar do que pra sorrir. A vida nos prega peças tão cruéis que nos vemos em labirintos sem saída, e não sabemos como reagir diante a tantos problemas e situações. Erguemos a cabeça, tentamos ver o lado bom das coisas, as coisas simples da vida, pra poder achar um motivo, uma razão que seja pra sermos felizes de novo, pra sobrevivermos.
Porque não podemos simplesmente chorar e chorar e chorar? Nos trancar num quarto e não sair nunca mais! O que as outras pessoas tem haver com as nossas vidas? Nós deveríamos poder fazer o que quisermos, e ninguém poderia se envolver nisso. Mas as coisas tão longe de serem fáceis assim, à partir do momento que envolvemos outras pessoas em nossas vidas, elas, de alguma forma, se tornam responsáveis. Queremos e podemos ser responsáveis por alguém, amá-los de tão forma para que eles nunca queiram sumir, fugir. Achamos que possuímos todos aqueles a quem devemos o nosso amor, a todos que nos amam, e esquecemos que eles também têm suas vidas, que não podemos e nem devemos nos impor a felicidade e ao amor de ninguém. Esquecemos disso, porque nos é cômodo tamanha afeição.
Anoitece, eu na minha cama, com tantos pensamentos na cabeça, adormeço, sabendo que o dia seguinte será igual há todos os dias seguintes, e que apenas um só dia poderá ser diferente, que esse dia será o dia mais importante da minha vida, que tudo dará certo, e com a certeza de que todos nós vivemos a mercê desse dia, que ainda não chegou, mais que sabemos que um dia chegará. E que no final, todo o resto terá valido a pena.
O dia passa e aquele encontro não me sai da mente, as poucas palavras daquele menino e toda a profundidade que elas exalavam. E depois de muito refletir, realmente, pensei eu, temos muito mais motivos pra chorar do que pra sorrir. A vida nos prega peças tão cruéis que nos vemos em labirintos sem saída, e não sabemos como reagir diante a tantos problemas e situações. Erguemos a cabeça, tentamos ver o lado bom das coisas, as coisas simples da vida, pra poder achar um motivo, uma razão que seja pra sermos felizes de novo, pra sobrevivermos.
Porque não podemos simplesmente chorar e chorar e chorar? Nos trancar num quarto e não sair nunca mais! O que as outras pessoas tem haver com as nossas vidas? Nós deveríamos poder fazer o que quisermos, e ninguém poderia se envolver nisso. Mas as coisas tão longe de serem fáceis assim, à partir do momento que envolvemos outras pessoas em nossas vidas, elas, de alguma forma, se tornam responsáveis. Queremos e podemos ser responsáveis por alguém, amá-los de tão forma para que eles nunca queiram sumir, fugir. Achamos que possuímos todos aqueles a quem devemos o nosso amor, a todos que nos amam, e esquecemos que eles também têm suas vidas, que não podemos e nem devemos nos impor a felicidade e ao amor de ninguém. Esquecemos disso, porque nos é cômodo tamanha afeição.
Anoitece, eu na minha cama, com tantos pensamentos na cabeça, adormeço, sabendo que o dia seguinte será igual há todos os dias seguintes, e que apenas um só dia poderá ser diferente, que esse dia será o dia mais importante da minha vida, que tudo dará certo, e com a certeza de que todos nós vivemos a mercê desse dia, que ainda não chegou, mais que sabemos que um dia chegará. E que no final, todo o resto terá valido a pena.
sexta-feira, 25 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
E o que será do amanhã?
Determinado tempo, estipulado, manipulado.
Uma sociedade vazia, oca, perdida.
Em tantos ideais, mitos, lendas...
Uma sociedade buscando um lugar,
Uma mente opressora,
Um vazio brando e escuro.
Mentes primitivas,
Escalando rumos ao léu
Sonhos, ambições, guarnições.
De tudo, quase nada.
Do nada, o mundo.
E de todas as experiências, o futuro incerto.
Uma sociedade vazia, oca, perdida.
Em tantos ideais, mitos, lendas...
Uma sociedade buscando um lugar,
Uma mente opressora,
Um vazio brando e escuro.
Mentes primitivas,
Escalando rumos ao léu
Sonhos, ambições, guarnições.
De tudo, quase nada.
Do nada, o mundo.
E de todas as experiências, o futuro incerto.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Quem vai dizer.
Me disseram que você era diferente
Que nos seus olhos eu podia ver a cor de sua alma
Em seu cheiro sentir a exatidão de sua essência
Em sua pele o exalar de uma paixão
Me disseram, mas não me disseram nada
Apenas indagaram o seu poder.
Fixaram em explicar o quão maravilhoso você já fora
E o quão magnífico você ainda será.
Talvez em várias dimensões eu te veja
Talvez você seja o que eu almeja
Talvez não, quem vai dizer.
Em toda sua maturidade,
Em cada marca da vida, em cada mágoa sofrida
Você vai saber.
Nos sentidos que nos encontram
Na verdade de nossos desejos
Você irá me ter.
Que nos seus olhos eu podia ver a cor de sua alma
Em seu cheiro sentir a exatidão de sua essência
Em sua pele o exalar de uma paixão
Me disseram, mas não me disseram nada
Apenas indagaram o seu poder.
Fixaram em explicar o quão maravilhoso você já fora
E o quão magnífico você ainda será.
Talvez em várias dimensões eu te veja
Talvez você seja o que eu almeja
Talvez não, quem vai dizer.
Em toda sua maturidade,
Em cada marca da vida, em cada mágoa sofrida
Você vai saber.
Nos sentidos que nos encontram
Na verdade de nossos desejos
Você irá me ter.
terça-feira, 1 de março de 2011
siquis á
Martelo, ensaio, penso, reflito.
Com tamanhos anceios, evito.
Quero algo mais simples, mais singelo
Quero alguém mais firme, mais esperto.
Me canso das pseudo-inteligências nesse mundo
Das tamanhas aversões dos fatos.
Penso, como quem precisa de uma afirmação.
Clamo por uma mágia infinita, que me faça perceber
O quão belo podemos ser.
Me perco, me iludo.
Caio em contravenção.
E de todo esse clamor, de tamanhos medos
Eu fujo, prum labirinto sem cor.
Com tamanhos anceios, evito.
Quero algo mais simples, mais singelo
Quero alguém mais firme, mais esperto.
Me canso das pseudo-inteligências nesse mundo
Das tamanhas aversões dos fatos.
Penso, como quem precisa de uma afirmação.
Clamo por uma mágia infinita, que me faça perceber
O quão belo podemos ser.
Me perco, me iludo.
Caio em contravenção.
E de todo esse clamor, de tamanhos medos
Eu fujo, prum labirinto sem cor.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
O sexo imprime no corpo
a velocidade de outro corpo;
camaleão partido em silêncio
leão de bronze, flagelo
roendo a praia de carne;
unha e garra quando onda
doem na areia, pele adentro
rosto sem pausa no vento.
Abismo de louça escavado
fracionado pelo espasmo
o leite rosna abafado.
Sono ou sonho desepado?
Vácuo, escalo, resvalo
longe de mim, fraturado.
Armando de Freitas
a velocidade de outro corpo;
camaleão partido em silêncio
leão de bronze, flagelo
roendo a praia de carne;
unha e garra quando onda
doem na areia, pele adentro
rosto sem pausa no vento.
Abismo de louça escavado
fracionado pelo espasmo
o leite rosna abafado.
Sono ou sonho desepado?
Vácuo, escalo, resvalo
longe de mim, fraturado.
Armando de Freitas
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Dias de hoje
A vergonha toma conta
Como se fosse novamente uma menina de 15 anos apaixonada
Fico com medo de encarar seu olhar
Frio na barriga, rosto vermelho, nervoso, excitação
Quero voltar no tempo,
Perceber um pouco mais dele.
De seu olho castanho e da sua barba mal feita
Corpo de homem (idade também), cara de garoto.
Ele pouco fala, quase nada na verdade
Pergunto sobre sua vida, sobre tudo.
Nada mais importa, só ele.
E fico embebecida com suas palavras, ocas ao vento.
Acabou-se, foi embora.
Fico ao bar, com uma Itaipava á mão
Quero mais, quero tudo e nada.
Espero...
Como se fosse novamente uma menina de 15 anos apaixonada
Fico com medo de encarar seu olhar
Frio na barriga, rosto vermelho, nervoso, excitação
Quero voltar no tempo,
Perceber um pouco mais dele.
De seu olho castanho e da sua barba mal feita
Corpo de homem (idade também), cara de garoto.
Ele pouco fala, quase nada na verdade
Pergunto sobre sua vida, sobre tudo.
Nada mais importa, só ele.
E fico embebecida com suas palavras, ocas ao vento.
Acabou-se, foi embora.
Fico ao bar, com uma Itaipava á mão
Quero mais, quero tudo e nada.
Espero...
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